domingo, 20 de junho de 2010

Adeus, Bruna.

Quando a notícia chegou, eu estava arrumando o meu quarto ouvindo músicas no meu Ipod. Estava despreocupado, vivendo um dia normal como todos os outros.
Naquele dia minha mãe apareceu muito aflita na porta do meu quarto, aquele comportamento pra ela era muito estranho, ela sempre foi muito alegre. Mas naquela hora seu rosto estava sério. Ela me olhou e disse:
- Não sei como lhe falar...
- O que foi mãe? – corri interrompendo-a.
- É muita tristeza, eu estou mal e quero que você fique calmo quando lhe contar isso. – Ela me olhava com olhos tristes e chorosos.
- O que foi mãe? – repeti nervoso.
- A Bruna faleceu hoje, em um acidente de carro – Ela disse isso, sentou-se na cama e começou a chorar com as mãos no rosto.

A minha reação foi diferente, fiquei paralisado ao som de “dezesseis” da Legião Urbana, não conseguia acreditar nisso, como pude perder a única pessoa que me compreendia? Como pude perder a única pessoa que me consolava? Como pude perder tão de pressa alguém que eu amava tanto?
Nem percebi que minha mãe estava me abraçando, Bruna significava muito para ela também. Continuei paralisado, sem perceber que as lágrimas escorriam pelo meu rosto.

Na verdade, eu não queria acreditar.

“EU NÃO ACREDITO!” gritei sem querer, não conseguia controlar minha voz. E senti minha mãe soluçar com mais força e me apertar mais. Nós ficamos daquele jeito muito tempo, que me pareceram horas.
E no fim, nossas vidas seguiram.

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