sexta-feira, 24 de setembro de 2010

love

O mundo gira em torno de um abstrato comum e diferente de qualquer outra coisa: o amor.
Muitos cansaram de ouvir, ler, falar, escrever para tentar descreve-lo. Outros morreram sem senti-lo. Outros não o reconheceram, não o reconheciam. Alguns preferiam não sentir-lo, preferiram não senti-lo. Não abusa-lo. Não consumi-lo por medo de condensar-se ao próprio coração, a ambos os corações.
Alguns descobrem de uma hora para a outra. Outros levam uma vida para descobri-lo. Mas já o sentem.
Como lidar com o amor, se o próprio não está nem aí para nós? Ele o quer, ele a quer.
Ele nos quer, ele vos quer. Sinto-me cruel, desatando as avessas o que não tenho tanta certeza da palavra.
Mas é certo, quando digo que o amor fere. Organiza-se. Organiza-se. Oh amor, organiza-se para todos aqueles que o amam, da mesma forma que não estas ligando para eles. Da mesma forma que não se importa comigo, nem com meus amigos e nem com o próprio amor. Respeite-se. Por favor.
Respeite-se, por favor.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Artista melancólico.

Eu vivo outras vidas, em nenhuma sou verdadeiro.
Em algumas posso sorrir, em outras posso chorar.
Mas isso não me torna vulgar, e nem mesmo descontrolado.
Sei que nada posso ser, enquanto desmorono ao teu lado.
E também sei, que o meu amor é falado.
É vivido. É amado de maneiras singulares.
Com movimentos de carícias particulares.
Poupando-os do terror que seria o que tenho em mim.
Naquelas vidas, oh sim.
Mesmo que alarmado, azucrinado e mais alguns adjetivos.
Descrevam-me de um jeito pago. Sem afago. Com aplauso vago.
Já estão sentindo-se oprimidos?

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Corações, oh. Pobres.

Caminhei dentro de corações embaraçados
Que sofrem sem parar.
Observei que, por muitas vezes eu não pude respirar,
Por não poder me concentrar.
Vi-me sem um pingo de esperança a olhar no seu olhar.
Pude ver que você não pode ter algo mais
De que alguns sonhos nesse lugar.

Senti-me mal. Senti-me cansado.
Oh, eu só estou aqui algumas horas,
Eu não posso acreditar
Que você está aqui, que está sem mim.
Que está sem ele, que ele não conseguiu.
Pois o que eu sabia, aconteceu.
Mas não posso continuar, nem por muito,
A devanear.
Nem por pouco a devanear.
Todo devanear de todos os corações estão perdidos.

Todos os corações bandidos.
Todos os corações abatidos.
Todos os corações fracos.
E todos aqueles lânguidos.
Eles estão perdidos. Estão caindo. Estão morrendo. E não podem voar.
Eles estão derrotados.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Imagine as dobraduras.

Acho que eu estou buscando algo parecido com vocês. Por estar apenas caminhando, por estar apenas sem as responsabilidades. Talvez eu não goste do prender e sim do soltar.

Hoje, eu percebi que um simples papel pode metamorfosear-se em qualquer coisa que nossa imaginação nos conceda seguir e pensar. E se conseguimos sentir-los, eles irão nos sentir. A cada toque. A cada dobra. A cada toque e dobra.

Resolvi, criar em minha cabeça. Dois.
Duas pessoas brilhantes, delicadas e ideais. Com os 4 versos os imagino, atravessando uma rua e rindo com suas belezas:

Os vejo caminhar, Os vejo flamejar.
Com olhares calorosos os posso ver.
Os vejo renascer, Os vejo encantar.
Por sempre querer embevecer.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Texto sem título.

Você está me filmando sem um pingo de compaixão.
É isso o que eu acho.
Pense bem: você não está só gostando dela, você está apaixonado por ela, mas os grandes problemas estão nas afirmações.
Poucos sabem, ou melhor, ninguém sabe o que eu sinto por você. E mesmo assim consigo morrer de agonia por isso. Poucos sabem porque ainda tenho minhas dúvidas de que meus amigos passam desconfiar, mas isso é só uma hipótese e se você faz parte... já é outra coisa.
Outro grande problema disso tudo é o velho amigo de cada pessoa: ciúmes.
Eu o odeio. Mas eu tenho sempre que conviver com ele e ele comigo. Simples assim.
Espero que eu consiga proferir pra ti, algum dia com toda sinceridade, que mesmo que você me evite, me desloque ou mesmo me mate de ciúmes. Eu nunca vou deixar de amá-la daquele mesmo jeito aconchegante e mentiroso, como um amigo de sempre. Como um amante decadente.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O marinheiro pirado.

Como de costume, levantou às 6, pegou seu caxangá e caminhou pelo coração do navio, realizando ordens dadas por comandes, tenentes e coronéis. Era feliz por estar onde amava e sempre com disposições de dar inveja aos colegas jovens mandriões.
Seu nome era Tanío Rutempür e era conhecido como o marinheiro pirado.

Por querer sempre acabar afazeres, começa-los bem antes dos previstos e sentir-se feliz de servir a pátria alemã. O que o marcava ainda mais, era o jeito como gostava de pássaros. De todos eles. Seu passatempo não secreto era sentar-se em algum cais, por mais pobre que seja e olha-los voando de um lado para o outro, os pássaros. Amava mira-los e tentava-os proteger. Oh! Caro homem.


De relatórios experimentais à limpeza de chão ele estava presente, e o mais importante de tudo: Com sorrisos irradiantes de apenas 6 dentes.

Chamavam-no de pirado, mas o próprio não ligava. Dizia-se sim, ser pirado pela pátria. Sua inocência era tamanha. E qualquer um poderia até ser contagiado por um simples marinheiro pirado.
O pobre marinheiro pirado faleceu junto ao seu navio quando foi atacado e afundado no oceano Atlântico por um submarino americano. Seus olhos permaneceram na minha memória, nunca irei esquecer aquela sombra, sentada no cais a observar e escutar: O canto, o canto das gaivotas aventureiras.

sábado, 4 de setembro de 2010

Meu eu idiota.

Eu estou esperando algo novo acontecer.
Porque eu estou frio. Desde que você me abraçou (matou).
O culpado fui eu, sentir medo é normal. Mas agora eu vivo martirizando-me pela incerteza.
Todavia, nem tudo está perdido. Tirando tudo aquilo que me cala, tirando tudo aquilo. Eu só estou cansado. É bem difícil passar aqui meus sentimentos banais.
Hoje sou taxado de insano. Eu nem queria isso.
E a verdade é que não estou pronto pra você.