quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Reformada após ter vivido o que muita gente não teria coragem de ver

Eu nunca a vi
Tão arrumada
Para pescar, a beira mar

Eu nunca a vi
Sonhando alto
Olhando ao longe, como quem diz:

Que nem tudo
Que eu quero
Está aqui, está ali

Mas eu levo
Por onde passo
Esse conselho
De quem já viu

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Aviso despreocupado.

Um dia, andando pela rua larga, ouvi o chamado de um senhor que estava sentado num banco velho e enferrujado. Quando o olhei, ele me chamou novamente, agora em silêncio e quando me sentei ao seu lado ele falou num sussurro que só eu poderia ouvir:

“Ela está longe, mas ainda assim, ela te ama. Ela não pode te abraçar todo dia, mas ainda assim, ela te quer. Ela parece não ligar, diz por dizer as palavras de amor, o que faz você duvidar de tudo aquilo, ela só não quer parecer fraca. Ela só não quer o perder de um jeito a não despertar mais sua curiosidade.”

Susto.

“Sempre que ela fala contigo, só quer saber como está se sentido hoje. Então, não machuque, não despreze, não destrua, não faça nenhum mal”

O senhor levantou do banco e saiu andando mancando por entre aquelas pessoas cheias de preocupações. Só pude olhá-lo sumir.