sábado, 28 de maio de 2011

Afinal, há crocodilos no lago mas nós temos uma ponte

Hoje percebi
que o medo de amar provém do medo de perder
e hoje me dei conta
de que vou deixando a vida passar
por medo de viver,
de arriscar.

E se tudo nessa vida tem propósito
muito por ser eu quem escolho o caminho
tanto por ser eu quem fará de mim
um pobre coitado ou bandido solitário
me detenho a acreditar.

Mas ainda posso ser herói
e ver-te como princesa
gritar meu nome e do meu cavalo.

E aí descobrir que o medo está longe
mesmo você também estando,
querida, eu não me importo.

Há de ser você quem me fará pensar
e rever meus erros
há de ser você quem me trará de volta
e no fim, serei apenas salvo de mim
por você.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Maldita ou bendita, é dita.

Paz, não há,
ilusão distante é acreditar,
tropeçar no tropeço
a humanidade segue,
ilusão é estar-se bem
num mundo desigual.

paz, há de se buscar
se quer a verdade achar
num quarto de pensão
ou num monte de terra
o mundo é um só

e só deixo-o passando
eu vou aceitando
alguns com fome pedir
nada mais que pão
e o pão indo pro lixo
na minha própria casa.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Pense!

Influencia está descobrindo meios de entrar em nossa mente, e no fim, sempre consegue.
Eu escrevo o que penso, eu penso. Eu penso processando o que conheço, destilando outros pensamentos, concordando ou não, criando a própria filosofia e achando meios de provar o que penso.
Imagino em apartamentos pequenos, transmutações de gênios que já foram. Meu pensamento é totalmente influenciado, até eu questionar. Enquanto homens buscam respotsas na terra, quanto tempo vai levar pra questionarem mais os moços dos discos voadores? Esses sim, têm os olhos abertos. Eles estão vigiando todo o sistema como macacos olham da janela, mas esses não têm medo de sair, diferente das pessoas sem identidade.
E quanto a mim, remexendo meu mini universo que eu chamo de mente, penso e existo, penso e insisto que aqueles que se prendem a um modelo utópico estão mentindo para si mesmos, até sabendo disso. Mas para macacos medrosos, só resta olhar e na verdade, não existir, só servem pra dar continuidade ao sistema, sendo mais um tijolo na parede.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

oNa.

De repente, tão de repente
Que não pude nem pensar
De repente, tão de repente
Que não há como mudar

Pensando, agora, eu estou te vendo
Sorrindo e dizendo que sente frio
Mas, engraçado, eu que estou tremendo
Você nota, me abraça e perco o vazio

E vou vivendo, também uma nova amizade
Que me faz bem, tanto faz se é de longe
Antes de tudo vale estar feliz

E com o N, eu vejo como um selo
Lembrando que nunca faltará zelo
E ser feliz, é também pintar e esquentar o nariz.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Seguindo o realejo perfeito.

Será desse cara do ônibus meu amigo?
Acho jovem, mas simpatizo e dou-lhe a mão
Que por surpresa e pelos calos descubro que toca guitarra,
E me mostra.

Encantado, procuro outrora a quem mostrar seu talento
Todo o alento fica atrás e de uma vez tocando o acalento feliz, sem cansar.
Ali eu sei estar vivendo, havendo o que esperar.

Em pensar que por vezes pensamos em desistir, por vezes nada parecia fazer sentido.
Mas os sorrisos me fizeram acreditar e hoje podemos dizer: vale a pena arriscar, revoltar, intentar e inventar. Ou seria apenas mostrar a todos quem somos e porquê somos.
Voltamos ao verbo mostrar que é a simples verdade.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O que se leva dessa vida?

Quantas pessoas se perguntam, quantas morreram pra descobrir. Eu, de nada sei, meus bens materiais são fúteis, meu corpo será nada, minha vida é rara.
Mas é o sentido dela que eu ando buscando, enquanto todos tentam subir mais que os outros, enquanto não há paz, nem justiça. Enquanto há fronteiras e países e seus bens nacionais, enquanto há religiões, enquanto o mundo está cego. Eu busco um sentido, algo que possa ser inovador, que mexa com sentimentos, a saída nem sempre está no final do corredor: Eu quero sair dessa ideologia e mostrar que eu estou vivo, que eu penso, que não obedeço e faço minha vida valer a pena fora do sistema.

Porque se eu tiver fome, haverá uma árvore com maçãs, e eu estarei bem.