domingo, 21 de novembro de 2010

Cobaia.

Tire já o café da xícara e venha cá!
Outono, dia 13 à 19; o corredor estava frio como de costume, mas a cozinha era distante da sala. E minha xícara era tão pequena.
Atravessar sempre era o certo. Aquele que gritou no começo do texto disse “pegue um agasalho, iremos subir, apenas eu e você. Veremos o mundo!”
Após milhares de experiências, eu não poderia imaginar em como estaria o grande globo, e para o que exatamente o agasalho?
Tantas pessoas já fritaram ali em cima.
Senhor senhor senhor, pensei comigo mesmo, chegaríamos lá e puf puf puf seria nossa pele a derreter.
Ali adivinhou meu pensamento e com um bom ora ora ora, me disse que as coisas estavam um pouco diferentes, afinal, passaram-se nada menos do que 4 bons e longos anos. Aos cálculos matemáticos, físicos, químicos, biológicos, geográficos, lingüísticos, literários, históricos e outras disciplinas chulas e derrotadas, já era hora de subir e ver o bom e velho planeta um tanto de perto.
O comandante me guiou por uma sala que eu nunca teria entrado se pudesse escolher e com o tloc tloc tloc dos passos dele, o vi colocar uma roupa protetora. Disse que eu não precisava disso, pois era jovem. Jovem burro, que sou.
Subimos por uma longa longa longa escada até o bueiro principal e com um staaap, ele foi aberto. Logo eu estava de pé na superfície plana e perfeitamente lisa, assim. E o comandante, amigo meu. Inimigo meu agora, me trancou na superfície e fui sentindo que o calor passou realmente, o tempo estava agradável, porém, meu nariz começou a sangrar brutalmente. O gás que eu respirava que entrava fazendo shhh shhh shhh shhh, me deixou tonto e aí vi as câmeras, antes de morrer levantei o dedo médio. Animais escrotos, me mandaram pra morte;
Jovem burro & cobaia.

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