sexta-feira, 3 de maio de 2013

Que frustrante!

               O limão que dá no limoeiro que tem no meu quintal é amarelo que nem laranja. Isso é tão frustrante! O suco é tão azedo que dá vontade de cortar a maldita árvore e limões amarelos são tão úteis quanto copo vazio...
              Enquanto eu olhava carrancudo pro limoeiro eu percebi que alguém me olhava. Busquei todas as janelas dos vizinhos: nada. Pressentimento besta? Não, porque quando eu me ajeitei no degrau eu a vi: uma rolinha. Sim, aquele pássaro marrom estava bem atrás de um vaso de plantas e esse texto será em tempo real, assim decidido, vamos ver o que acontece:
         Vou pegá-la e colocá-la num lugar melhor, talvez com água. Oh, não! Quando eu tentei segurá-la, ela tentou voar e bateu de cara no muro. Farei uma segunda tentativa: meu deus, droga droga droga mil vezes droga... Eu nunca mais escreverei em tempo real de novo, que porra triste! Quando eu cheguei perto, ela caiu na minha mão como se tivesse desmaiado e começou a se contorcer como se estivesse tendo uma overdose, de fato, vazou um líquido verde de seu bico enquanto ela morria na minha mão de frente pro pote d'água que eu havia trazido. Ela fechou os olhos tão devagar... Será que no fim doeu? A morte é bela? É a grande cena? É a única maldita verdade? Eu não faço ideia e se Deus existe ele poderia ter evitado de começar "No surprises" do Radiohead nos meus fones de ouvido.

(Eu nem consigo acreditar que comecei o texto falando mal de uma árvore e do suco que ela dá)

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