terça-feira, 26 de outubro de 2010

veshkas traumatizantes.

Eu era um garoto estranho, eu tinha um desejo secreto.

Quando a guerra começou, meu pai entrava e saía de casa, tenso. Deitava e não descansava, ele estava sofrendo. Ele tinha medo da guerra.
Eu me importava. Eu amava meu pai.
Quando em um dia, não muito depois do início da guerra ele não voltou, eu já sabia.
O exército o chamou e assisti minha mãe em prantos chorar.
Aquilo não era bom.
O pai de um menino da rua de baixo havia morrido poucos dias atrás e senti pena por ele.
Tudo o que conseguia pensar até ali era: ‘eu sou um inútil’, ‘sou um imprestável’.
Eu tinha 9 anos, mas minha consciência era estranha, assim como eu.
Só por não condizer com a minha idade, sofri.
Com o término da guerra, já estava cansado de esperar por meu pai.
Meu herói morreu em um campo de guerra assim como inúmeros heróis de vários amigos meus.
Mas eu ainda tinha um desejo: Quando adulto, teria capacidade mental de suportar idéias nunca vistas nos sonhos mais absurdos do ser humano mais criativo que habitou este planeta, escrevo essa carta agora com 16 anos; amanhã serei o garoto estranho que irá acabar com tudo. Eu irei acabar com o mundo. Eu irei destruir o mundo que tirou meu pai de mim.

Um comentário:

  1. Vai lá, Vader! \o/
    kkk
    Cleiton, você escreve MUITO BEM!
    Continue nisso. É sério!

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