quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

4h17

Perguntaram-me sobre aqueles bons contos que eu costumava escrever e pareceu-me bom pensar neles e no fato de lembrarem-se deles como bons, porque naquela época escrever consumia toda minha alma. Sim, minha alma. Dei-me a meia dúzia de olhos leitores e sentia prazer nisso tudo. Pediram-me que, pelo amor de Deus, não parasse de escrever porque o fazia muito bem e honestamente. Escrevia sobre dor, bebida e era tudo muito desagradável, a retração de vidas piegas e tortas. Não é como se tudo tivesse melhorado, eu simplesmente parei de relatar sentimentos terríveis, mesmo que verdadeiros (a única coisa que um conto precisa: a verdade)

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